sábado, 19 de novembro de 2011

Ocê é India

Andei, sem querer, talvez, pela tua tribo afora,
Bem que te vi sim,
Passarinho no ninho, Curumim na Oca.
Memórias no Tucunaré que virará peixada,
Para presentea-lá,
Se Papá Cacique autoriza.

Nunca fui bom pra garimpar,
Eis aqui um guri de fé e estória,
Deus dará vitória,
Se mim chegar.

Cupido quebra só essa, Amigo lança essa flecha...
Vá que Ela me aceita.

Pura visão da brisa, Luz que paira e transita,
A ponto de hipnotizar.
Mulher do céu, ocê é India,
-Oi!
Belos bêlos causa ba fa fá.
Se o lago alaga, quiça queira se amarra,
Voltei pra minha aldeia sem ver Mara nadar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Lenda e Ela

Pequena é a distância que há entre mim e a infância minha.Do silêncio que sonda à beira da manhã que lembra que foi bendito o clima, quando eu vi tranças na crina, ouvi ruivo, ruído, assopro e assovio e pela plena trajetória da fazenda a Lenda.
Me arrepio confesso, me abismei mesmo eu juro; carapuça na cuca, cachimbinho na boca num moínho que vinha, saltando de lá e daqui, vem cá pra ve ver, fa falei até ga gago, pera lá pererê ele lê é o Sací.
Tal qual me pregou um sopapo, num rodapé do ouvido, -Safado!
Arredou-se um pé um com sapato sem chão e das mãos me escapoliu um frasco que então; tomou seu rumo ao lago.
Tragado pela ribeirinha dancei sem companhia e feito um navio sem casco, naufraguei; afogando-me.
Quem dera bem agora, além da Lenda; Ela,
Não sei mais pensar outra,
Ela é o Sol que clareia minha janela...


Acrescentei uma melodia nessa poesia e deu nisso:

http://www.youtube.com/watch?v=4fkpHE505hs

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Vagalume e a Cigarra

Um minúsculo protagonista feito o cisco de um raio, cujo o que mais queria ter sido na vida é estrela. Teria ao menos uma vez havido, se, por acaso, Ela tivesse notado aquela presença ilustre vaga ao lado, pois tocam juntos na fanfarra do bairro Ipê das Claras.
Quem sabe hoje esteja Ele iluminado e inspirado pra que atraia o olhar dócil, claro e raro da Cigarra.
Uma lacuna no vago que se acende e apaga, tudo pelo seu afago.
Se banha às margens do lago São Francisco se escovando feito moça, ficando num casco de loça um Vagalume ilustrado. Combinando com um traje espacial que achou na promoção especial pela ocasião de reve-la.
Decola feito um compasso em espiral e o último tapa na antena é essencial. Quando um poeta entra em cena e prega mais uma peça teatral, pondo agora, o suave repouso da Mariposa a prova de resistência, a toda bonita musa que voa. Mas, não vem ao caso o que não interessa é de Vagalume pra Cigarra, poesia pra Ela:
Quanta saudade do meu tão sonhado sonido,
Coisa que humano detesta, pra mim,
Ressoa como um classico de orquestra.
Canção sensata pra percepção exata do meu ouvido,
Seu salto único, suas patas meu abrigo.
É um decreto oficial e de objetivo principal que me acompanhe pra festa do Reino Animal,
Nossa floresta esta padecendo em cinzas causadas por chamas do mal.
Fica comigo que eu te amarei pelo resto da minha vida no refúgio e recanto tranquilo que é o nosso quintal.